domingo, 6 de julho de 2008

“A mancha do pecado no nosso amor” - um drama burguês no tempo de Édipo Rei (1ª parte)

ATENÇÃO: Este texto é uma adaptação que fiz sobre a peça Édipo Rei para a faculdade. O professor solicitou que usássemos a temática do drama burguês. Espero que você goste. Tirei a nota máxima, 10.

A história de Édipo e Jocasta será transformada em uma novela de rádio em 1950: “A mancha do pecado no nosso amor”. Na nova adaptação, a história se passa no final do século XVIII, na capital da Corte. Jocasta é filha de um fazendeiro que está à beira da falência, e que para salvar os bens da família casa sua filha de 12 anos com um rico comerciante, Laio, que tem idade para ser seu avô. Eles se casam e a menina um ano depois fica grávida. Laio é um senhor de escravo muito severo, e uma preta velha joga-lhe uma maldição dizendo que seu filho, se algum conseguir sobreviver, o matará.
Por um ano consecutivo, Laio tenta, mas em toda gestação Jocasta perde o feto. Ele tem obsessão por ter um filho para poder deixar a grande fortuna. Após várias tentativas, Jocasta consegue “segurar” uma criança na barriga. No início, Laio não leva a sério a maldição da preta velha, mas conforme o tempo passa, e o nascimento da criança se aproxima, ele fica apavorado, tendo pesadelos de que é assassinado, e o comerciante vai surtando, surtando, até que chega um momento que surta completamente: quando sua mulher dá à luz. Laio - com a ajuda do capataz - se desfaz do menino, mandando que o empregado suma com o rebento, que o mate de qualquer maneira.
Édipo é dado como morto, mas, na verdade, um caixeiro-viajante o vê jogado no mato para ser devorado pelos animais e o salva, levando-o para um casal de fazendeiro léguas e léguas distantes da propriedade onde morava o comerciante Laio.
O tempo passou, o mato cresceu e a história segue semelhante à tragédia grega de Sófocles.
O recorte que este trabalho fará será o momento em que Jocasta conta para Édipo que ele não pode ser filho de Laio, que os deuses africanos erraram ao prever a desgraça.
A música de abertura e encerramento da novela de rádio é da ópera As Valquírias, de Wagner.

2 comentários:

Anônimo disse...

Carla
Como escreves bem...aliás muito bem, gosto de escrever mas a minha imaginação é melhor "no original", escrevendo perco muito. Tenho um amigo poeta para quem enviei o teu blog. Tenho uma premissa básica de vida: tenho um longo colar de pérolas que já está dando voltas(o que é ótimo), cada pérola que encontro no meu caminho vou adicionando ao colar...e você é uma delas...podes ter certeza. Apesar de pérolas não serem transparentes( isto porque sou fã da transparência - do copo às pessoas) são lindas, belas e genuínas.
Abraços do Roberto

Anônimo disse...

Minha querida...
não é a toa que eu sou sua fã...
vc está cada vez melhor...
Adorei!
Beijo