quinta-feira, 5 de junho de 2008

A Solidão que buscava o Amor (Capítulo 1)

Há muito tempo, numa pequena aldeia perdida neste planeta, nasceu uma menina que logo recebeu o nome de Solidão. Ao sair das entranhas de sua mãe, não chorou, apenas olhou o mundo com os olhos marejados de lágrimas, tristemente. Na verdade, desde o início, em sua mais tenra infância, Solidão se mostrou uma criança triste. Minguada, corpo franzino, grandes olhos negros , cabelos escuros e lisos... a boca parecia querer aprender a sorrir, mas nunca concretizando a ação. Esse era o seu aspecto.
Enquanto outras crianças se reuniam para as brincadeiras infantis, Solidão, triste em seu canto, apenas olhava sem nada dizer.
Na adolescência o problema continuou. Ao ir aos bailes e festas, Solidão continuava sozinha, apesar da agitação reinante no ambiente.
A garota se transformou em mulher, mas nada mudou no seu cotidiano. Até que um dia, ao ir para o trabalho, viu um rapaz pela janela de um ônibus, num ponto onde os coletivos paravam. Seu coração, pela primeira vez na vida se aqueceu, e sua face, normalmente pálida, ficou rosada, tamanha a emoção.