quinta-feira, 31 de julho de 2008

Diário de bordo - V parte

Rio de Janeiro, 17 de março de 2008.

Na quinta aula, a Ana falou sobre várias coisas que fizeram com que refletisse sobre a questão do autor. Ela ainda utilizou o texto da Marina Colassanti. Como é interessante olhar a escrita desta autora com outros olhos, ver a possibilidade de várias interpretações como, por exemplo, analisar o texto pela ótica feminista ou marxista!
É isso que quero fazer! Poder ver as várias nuances de uma interpretação, e para isso acontecer preciso treinar o meu olhar, instrumentalizando-o com o conhecimento teórico.
Hoje, um pouco mais cedo, tive aula com o (meu amado, idolatrado, salve, salve!!!) professor Zé Carvalho e lhe falei que ao ver o Je vous salue, Marie interpretei de modo diferente a temática da obra de Jean-Luc Godard, diferente do que ele falou em sala.
Vi que Godard estava tratando ali não a temática da mulher, mas sim a questão do sensório e a espiritualidade. Aí chega a aula da Ana, e falamos de várias interpretações que se pode ter sobre determinada obra. Tal possibilidade é enriquecedora, é desler e reler de outro jeito. Quando consigo fazer esse tipo de interpretação, sinto que minha escrita ganha.
Na hora que a Ana estava falando sobre essas questões, fiquei pensando sobre a trilogia que escrevi sobre as Margaridas. São três contos infanto-juvenis que têm como temática estas flores:

A Margarida que sonhava em ser Rosa
A Margarida que se pintou de Paixão
A revolução das Margaridas


Fiquei pensando em como as pessoas poderiam ler esses textos que escrevi. Deu vontade de pedir para ler em sala, mas depois recolhi a viola no saco e fiquei quieta.
Como escritora, tenho essa necessidade der ser lida. Drummond retratou muito bem isso ao escrever: Por isso me dispo, por isso me exponho nas livrarias. Preciso de todos (vai escrever bem assim, lá em casa!!!!).

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